Caminhos diferentes devem marcar os rumos da pecuária de corte e de leite no Rio Grande do Sul no próximo ano. Enquanto a criação de bovinos para abate já encerra o ano deixando para trás as baixas cotações de 2017, os produtores de leite ainda devem enfrentar um bom período de ajustes.
Para o vice-presidente da Federação da Agricultura do Estado (Farsul), Gedeão Pereira, o setor foi pouco afetado pelas crises da JBS, Operação Carne Fraca e embargos internacionais, como dos Estados Unidos, o que frustrou quem esperava pela abertura desse mercado. Apesar de tantos revezes, pecuaristas gaúchos estão encerrando o ano com os preços praticamente estáveis em relação ao início de 2017.
E ainda podem celebrar novos mercados de exportação. “Vislumbramos um período absolutamente diferente para 2018 do que tivemos em 2017. Possivelmente, teremos a abertura de mercados como Japão, ampliação na Rússia, Egito, Coreia do Sul, Indonésia, Vietnã e Tailândia”, comemora Pereira.
Ainda que o Estado não tenha grande tradição exportadora, mais embarques de carne reduzem a oferta interna e elevam preços. Da mesma forma que a crise enfrentada pelo setor fez sobrar boi no pasto e reduziu o valor pago ao produtor ao longo de 2017, o movimento inverso deve ser registrado no próximo ano. “Mas vale ressaltar que, mesmo o Rio Grande do Sul não sendo tradicional exportador, temos um grande diferencial, que é a produção de carne gourmet, tanto para exportar quanto para vender ao resto do Brasil”, ressalta Pereira.
É na carne de qualidade e no mercado internacional que também apostam ter avanços em 2018 entidades como a Associação Brasileira de Angus, que colocará em ação as atividades da recém-criada Confederação Latino-americana de Países Produtores de Angus (Colappa) para ampliar o livre comércio de genética entre os países-membros e a homologação e integração de registros.
Fonte: Jornal do Comércio, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.
Autor
- Médico Veterinário pela Universidade Federal de Goiás, especialista em Pecuária de Corte pelo Rehagro, sócio-diretor da Qualitas Melhoramento Genético, com 21 anos de atuação nas áreas de gestão, produção e melhoramento genético. O Programa Qualitas de Melhoramento Genético conta com mais de 40 fazendas, nos estados de GO, TO, RO, SP, PR, MG e MT e também na Bolívia, totalizando um rebanho de mais de 250.000 cabeças.
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