Pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), identificaram algumas partes do genoma do DNA de bovinos da raça Nelore que conseguem controlar a expressão dos genes relacionados a qualidade da carne. A raça Nelore é a mais comum no Brasil, correspondendo a cerca de 80% do rebanho bovino nacional.
Na pesquisa os cientistas conseguiram unir informação dos marcadores de DNA com a quantidade de RNA presente em cada gene dos músculos do animal em questão. De acordo com Luciana Regitano, pesquisadora da Embrapa, a informação genética contida no DNA do Nelore nem sempre se manifesta de forma visível e essa experiência permitiu que sejam identificados os pontos ligados à qualidade da carne, como maciez e quantidade de gordura, por exemplo.
“Quando foram inspecionadas as regiões do genoma que regulam os fenótipos (que mais contribuem para a maciez da carne, para a quantidade de gordura subcutânea, para a eficiência alimentar ou outras características visíveis), descobriu-se que não existem genes dentro delas”, explicou a pesquisadora, afirmando que essas regiões são “desertos gênicos”.
Agora o próximo passo dos pesquisadores é descobrir quais são as mutações gênicas que propiciam a edição no genoma, conseguindo distinguir qual animal será mais ou menos produtivo. “O genoma começa a ser explorado e deixa de ser uma caixa-preta. O grupo agora tem condições de apontar a região específica do cromossomo que explica a diferença entre os animais. Antes não havia ferramental tecnológico para executá-la”, finaliza.
Fonte: agrolink
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